Um dos efeitos sentidos por pessoas que têm a chamada covid-19 persistente é a queda de cabelo. A médica Fabiane Brenner, da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explicou à Agência Brasil que, nas pessoas normais, o cabelo tem um ciclo.
Cada fio fica crescendo por mais ou menos seis anos, entra em uma fase de repouso em que vai cair e ser substituído por um fio igual a ele. Isso deve acontecer de forma aleatória no couro cabeludo, sem que se perceba redução do volume geral. Segundo Fabianne, no caso de uma infecção importante, como a covid-19, e de diversas outras doenças, um número maior de fios vão entrar nessa fase de repouso do crescimento e cair entre dois a três meses depois da doença. A perda de cabelo ocorre ainda com outras infecções e não é uma particularidade da covid. Mas trabalhos realizados por pesquisadores estrangeiros revelam que, na covid-19, a queda é muito mais precoce do que nas outras doenças e geralmente ocorre seis a oito semanas depois do paciente ter melhorado. A boa notícia é que é uma queda de cabelo temporário e que os fios voltam a nascer. De acordo com pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, que analisaram dezenas de estudos, os cinco sintomas mais comuns da covid-19 prolongada são: fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e falta de ar (24%).
Imagem: Kasia Serbin
Fonte: Agência Brasil
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