Produtores de Querência do Norte formalizaram, neste mês, o pedido de reconhecimento da Indicação Geográfica do ginseng. A análise para a concessão da IG leva de seis meses a um ano. A variedade cultivada no município é a Pfaffia glomerata, originária da Mata Atlântica, com média de 1,80 metro de altura e raízes que lembram a batata-baroa.
Trata-se de uma planta nativa nas margens, várzeas e nas ilhas do Rio Paraná, com águas que banham Querência do Norte. Nativa da região, pode ser colhida a qualquer tempo com qualidade. No cultivo feito pelos associados da Associação de Pequenos Agricultores de Ginseng de Querência do Norte (Aspag) tudo é manual, desde o plantio das mudas ao arranquio, realizado de forma cuidadosa para não danificar as raízes. O controle de pragas é realizado por meio da rotação de áreas e outros recursos que dispensam o uso de agrotóxicos. Como é o caso de todos os produtores locais, a área utilizada é pequena. São em média 20 hectares no município, o que totaliza uma produção anual de 300 toneladas. Quase toda a produção, mais de 95%, é exportada para países europeus e asiáticos. Uma nova demanda da França vai exigir o aumento da área plantada para 30 hectares. O ginseng possui propriedades estimulantes e revitalizantes, apresentando potenciais benefícios à saúde, como diminuição do estresse, da fadiga e melhora da memória, sendo usado, ainda, para fins cosméticos. O trabalho para buscar o reconhecimento do produto começou há quatro anos, com a sensibilização de produtores para o potencial mercadológico da planta.
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Assessoria de Imprensa
Fonte: Assessoria de Imprensa | Sebrae-PR
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