Um estudo da Universidade Federal do Paraná identificou microplásticos em 16 de 19 praias analisadas no litoral paranaense. Os pesquisadores do Centro de Estudos do Mar investigaram a presença dos resíduos em praias localizadas às margens das Baias de Antonina, Paranaguá e Laranjeiras, incluindo as localizadas dentro da Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba. No total foram encontrados 389 itens, sendo 63% espumas, como o isopor por exemplo, e 14% fragmentos de produtos feitos de plástico.
As coletas foram feitas no fim de 2020 e todas as análises laboratoriais foram realizadas no ano passado. De acordo com o grupo, a presença e caracterização de microplásticos é inédita nas praias do Complexo Estuarino de Paranaguá (PR), uma das mais importantes baías do Brasil. O pequeno tamanho dos microplásticos traz preocupações para a comunidade científica, porque dificulta a retirada do meio ambiente e também favorece a interação com uma gama muito maior de organismos marinhos, o que tem um efeito cascata na fauna marinha. Formados por microesferas, os microplásticos – partículas de plástico com tamanho entre 0,001 e 5 mm – estão presentes em fios de roupas sintéticas, cosméticos e até nas pastas dentais. Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente apontam que pelo menos 51 trilhões de partículas de microplásticos estão espalhadas pelos oceanos.
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Mateus Farias Mengatto
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