A pandemia do novo coronavírus (covid-19) acentuou a sensação de depressão e ansiedade de atletas profissionais de alto rendimento.
A constatação é de um estudo feito pela Universidade de Stanford (Estados Unidos) e pela plataforma esportiva Strava. O estudo “O impacto da covid-19 em atletas profissionais” analisou 131 esportistas (ciclistas, triatletas e corredores), que responderam a um questionário com 30 perguntas. Nas respostas, um em cada cinco relatou falta de motivação para treinar em meio às restrições impostas na pandemia. Segundo a pesquisa, antes da covid-19, 4% dos atletas diziam se sentirem depressivos em mais da metade dos dias da semana. A partir de março, quando o novo coronavírus foi considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e as medidas de isolamento social tiveram início, essa porcentagem subiu para 22,5%. Ascensão parecida se observa nas respostas sobre ansiedade. O estudo indica que, antes da pandemia, 4,7% dos esportistas relataram que se sentiam nervosos ou ansiosos durante mais da metade da semana. Após as restrições nas atividades para controle da covid-19, o número saltou para 28%. Além da saúde mental, a pesquisa observou outros impactos da pandemia na rotina dos esportistas de elite, com o aumento na duração (31%) e na intensidade (17%) das sessões de treino. Ainda conforme o estudo, 12% dos entrevistados reportaram terem sentido sintomas da covid-19 e 8% revelaram que deixaram de se exercitar, pelo menos uma vez, por receio de estarem contaminados. As atividades também se tornaram mais solitárias. Antes da covid-19, pouco mais de 91% dos atletas relataram que, pelo menos uma vez por semana, treinavam com um parceiro. Com as restrições sanitárias, esse número caiu para 69%. O percentual de esportistas que se exercitavam em grupo (uma vez a cada sete dias, no mínimo) também despencou na pandemia, de 39,7% para 11,6%.
Imagem: WIX
Fonte: Universidade de Stanford / Strava
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